Advogado e ex-jurado do Miss Piauí indaga afiliada da BAND sobre Lara

Por Rômulo Rocha - De Brasília

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"O CASTIGO É PARA QUEM FAZ A COISA CERTA?"
- A BAND Piauí, com Diego Trajano, vai sair menor desse evento, ao impedir que uma conterrânea, vencedora legítima, que não praticou crime algum no último concurso de Miss, possa subir à passarela. Há cobranças pela presença da Miss Piauí Lara Lobo no evento, vetada pela TV.
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ESTÁ FICANDO FEIO...
O respeitado advogado Antonio Pedro Almeida, ex-jurado do Miss Piauí 2016, que consagrou a jovem Lara Lobo como eleita suprema do concurso, usou a rede social para fazer uma espécie de desabafo protesto sobre o que a Band Piauí, cujo diretor mor é Diego Trajano, está a fazer com a modelo.

Segundo Almeida, Lara Lobo - e é verdade - sempre “sofreu calada”, mas manteve a “classe e a postura que se espera da representante de um Estado e nunca respondeu” aos ataques.

O ex-jurado também classifica a postura “deselegante” da TV de sequer avisar, mesmo que fosse só com um telefonema, que Lara Lobo não entregaria a coroa.

Bem, circula a informação de que a Band não quer ser atrelada ao concurso passado. Ora, porém realçou a participação de personagens apontados como que sendo os tais que editaram uma gravação para incriminar Lara Lobo em 2016, fazendo ela suportar ataques em São Paulo, quando do Miss Brasil, até que tudo fosse esclarecido.

A Be Emotion, parceira no evento, segundo provas audíveis já de posse do Blog Bastidores, do 180, responsabiliza a Band por essa implicância com Lara Lobo, que soube da sua não participação pela imprensa.

“Como é que ainda se poderá exigir que as futuras misses tenham os bons modos de Lara diante de um exemplo grotesco deste?”, é o que indaga o advogado Antonio Pedro Almeida.

E continua: “E por que não participar da solenidade e do momento da entrega da faixa e da coroa de sua sucessora? Ela estaria sendo punida pelas baixarias que dominaram o concurso no ano de 2016, sem delas ter participado e sendo a maior vítima? Isso é justo? O castigo é para quem faz a coisa certa? É assim que se inicia o “ciclo novo”?”

A Band apenas silencia, e empurra garganta abaixo um evento sem a sua representante máxima atual, a Miss Lara Lobo.

E não tem vez o argumento aqui daqueles que acham que discutir a ética em um concurso com visibilidade estadual é perca de tempo. Porque o respeito aos seres humanos deve prevalecer em todos os âmbitos.

Com isso coaduna o advogado, logo no início do seu artigo.

Soa um pouco estranho que ainda haja quem queira participar de um evento como esse, em nome do glamour.

Mas e o respeito para com as pessoas e as suas próprias histórias, onde fica?

Tratar sobre o Miss hoje em dia, é tratar de valores, ou da ausência deles.

Mais: sobre injustiças!
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A íntegra da posição do advogado... 
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A HUMILHAÇÃO FINAL DE LARA LOBO

Por Antônio Pedro Almeida

Eu sei que muita gente acha que temos temas mais importantes a tratar. Com certeza temos, mas qualquer que seja o assunto a se discutir, o senso de justiça e a ética devem ser os norteadores.
Participei muitas vezes do júri dos concursos Miss Teresina e Miss Piauí, vi muitas meninas realizarem seu sonho e trago a lembrança de muitas desde que, quase adolescente, vi a Milena Teixeira (1984) participar de uma festa em Batalha. De perto, acompanhei o Miss Piauí (e os bastidores) a partir de 2004.
Estive no júri do concurso que elegeu Lara Lobo em 2016, merecidamente, representando Floriano. Passei longe de conversas e gravações, como sempre fiz em tudo que participei na minha vida pessoal e pública. Quem me conhece, sabe do que falo.
Lara foi para o Miss Brasil, em São Paulo, impactada pelas tentativas de macularem sua imagem e sua vitória. Durante sua estadia lá, foi insultada, perseguida e covardemente agredida por desafetos conterrâneos, conquistados pelo simples fato de ter vencido o concurso por seus próprios méritos. Sempre manteve a classe e a postura que se espera da representante de um Estado e nunca respondeu. Sofreu calada.
Agora vem o propósito de uma humilhação final. Ela soube pela imprensa que não passaria a faixa de Miss Piauí, em atitude extremamente deselegante e que beira a arrogância. Nem o cuidado e a gentileza de telefonar e tratar deste detalhe foi tomado. Como é que ainda se poderá exigir que as futuras misses tenham os bons modos de Lara diante de um exemplo grotesco deste?
E por que não participar da solenidade e do momento da entrega da faixa e da coroa de sua sucessora? Ela estaria sendo punida pelas baixarias que dominaram o concurso no ano de 2016, sem delas ter participado e sendo a maior vítima? Isso é justo? O castigo é para quem faz a coisa certa?
É assim que se inicia o “ciclo novo”? Tem valores, até mesmo comerciais, que são sempre pertinentes.
Nada contra ninguém, até desejo que tudo ocorra bem, que a festa seja linda, que a Band local passe com êxito neste primeiro teste, de modo que o concurso se profissionalize cada vez mais e o Piauí saia da última posição no ranking do Miss Brasil. Mas que reflita (e se inteire de detalhes importantes) antes de fechar questão de forma tão incisiva. Ou pelo menos explique e contorne essa situação desagradável, que ganhou repercussão nas redes sociais. Agindo de maneira ética, estará firmando compromisso de que a eleita deste ano seja tratada com a dignidade que a do ano passado não foi e não está sendo.
Independente de tudo, Lara Lobo é linda, educada e estudiosa. Sempre se colocou e está acima de tudo isso. Não será atingida e humilhada. Vai superar as ofensas gratuitas , terminar a faculdade, seguir em frente e ser muito feliz. Lá na frente vai ver que foi “só um título, só uma faixa”. Mas que nunca conseguiram tirar dela, por mais que tentassem.

http://180graus.com/noticias/advogado-e-exjurado-do-miss-piaui-indaga-afiliada-da-band-sobre-lara