13/09/2017
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Margana Wood chamou racistas de terroristas em concurso dos EUA
POR O GLOBO / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS 13/09/2017 13:55
ATLANTIC CITY — A resposta da Miss Texas Margana Wood, que foi sorteada, durante o concurso Miss America, para uma pergunta sobre os conflitos de tensão racial em Charlottesville, na Virgínia, no mês passado, repercutiu nas redes sociais, angariando muitos elogios. Sem hesitar, ela disse que a ação de supermacistas brancos que resultou na morte de uma mulher de 32 anos foi claramente um ataque terrorista. A questão vem mobilizando os Estados Unidos, incluindo pela reação do presidente Donald Trump aos atos de intolerância. O republicano também foi alvo de críticas de Margana.
— Eu acho que a questão dos supremacistas brancos foi muito obviamente um ataque terrorista. E eu creio que o presidente Donald Trump deveria ter feito uma declaração mais cedo a respeito do fato, se certificando de que todos os americanos se sintam seguros nesse país. Essa é a questão número um do momento — frisou a Miss Texas, que usou 15 dos seus 20 segundos permitidos para responder.
O vídeo do momento foi compartilhado no Twitter pela vencedora da competição, a Miss Dakota do Norte, Cara Mund, no último domingo. A publicação conta com mais de 3 mil curtidas.
"Estou tão orgulhosa de ver o Texas representado por uma candidata linda e muito inteligente. Obrigada pelo discurso. Você nos deixou orgulhosos", escreveu uma usuária da rede social. Outros internautas reagiram compartilhando imagens de aplausos para elogiar a declaração de Wood.
Wood ficou em quarto lugar no concurso, enquanto a Miss Nova Jersey, Kaitlyn Schoeffel, ficou em segundo, e a Miss Distrito de Colúmbia Briana Kinsey ocupou a terceira posição.
O Congresso dos Estados Unidos aprovou por unanimidade nesta terça-feira uma resolução de condenação aos neonazistas, à Ku Klux Klan e a outros nacionalistas brancos, e pressiona o presidente Donald Trump a enfrentar os grupos de ódio após os atos de violência racial no mês passado em Charlottesville, Virginia. A resolução conjunta da Câmara dos Representantes e Senado descreve a violência como um ataque terrorista interno, pedindo ao governo Trump que melhore o registro de dados sobre crimes e discursos de ódio. O texto segue agora para a Casa Branca.