A noite de Martha Vasconcellos

14/04/2013

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Por Fernando Machado 14/04/2013 


Martha Vasconcellos na noite de 13 de julho de 1968 (O Cruzeiro)


Com cenário espetaculoso e com uma vista deslumbrante para a Bahia de Todos os Santos, é como a Miss Universo de 1968, Martha Vasconcellos, vive no Corredor da Vitória, em Salvador. À côté está a o condomínio Casa dos Cardeais, onde mora Ivete Sangalo. Foi neste endereço que se hospedou o Papa João Paulo II, pois era lá a residencia oficial dos Cardeais Primaz do Brasil. Martha adora acordar cedo e testemunhar o nascer do sol e então os seus esquecimentos e suas lembranças povoam sua linda cabeça onde foi coroada como da mulher mais bela do mundo.


As paredes da sala de visita e do quarto parecem, do seu apartamento é uma galeria de arte com fotos suas desde criança até agora. Linda foto que estão as 65 candidatas que disputaram no dia 13 de julho o concurso de Miss Universo de 1968, em Miami. Num dos móveis está repousando o troféu que ganhou do concurso. Pois bem foi nesse santuário da beleza que Martha Vasconcellos recebeu para drinques, sábado, à noite, eu, o missólogo Roberto Macedo, a sua médica Leila Araújo e Igor Muniz.



Martha Vasconcellos deslumbrante de maiô Catalina, em Miami (O Cruzeiro)


Sentindo aquele cheiro dos tempos glamorosos dos concursos de Misses Universo começamos um papo inesquecível. E que se prolongou no Restaurante Lafayette, localizado na Bahia Marina, cuja diretora é a filha, a administradora de empresa Leilane Loureiro. Comendo frutos do mar ficamos flertando com as histórias que Martha falava sobre seu reinado. Entrou no concurso de Miss Bahia por brincadeira, pois nunca pensou que o venceria e muito menos o Miss Universo.



Martha e o missólogo Roberto Macedo diante dos diplomas e fotos do Miss Univeso (Foto: Fernando Machado)


Seu pai, Ivo Vasconcellos era contra, porém Martha contava com o apoio da mãe, Irene Cordeiro Vasconcellos. Lembrou que o vestido que usou no Miss Brasil e no Miss Universo criado pelo estilista carioca Gerson ainda está guardado. Já a baiana que desfilou no Maracanãzinho presente do famoso carnavalesco Evandro de Castro Lima, e a que usou em Miami confeccionada por Gerson, um vigarista pediu à sua mãe para colocar num museu e na verdade vendeu.



Martha e seu trofeu e do lado esquerdo uma escultura sua (Foto: Fernando Machado)


Em 1968 Martha Vasconcellos, uma missa original, pois as atuais são genéricas, tinha um 1m75 de altura, 93 cm de busto e de quadril e 59 cm de cintura, que causou o maior frisson nos bastidores do concurso em Miami. A vaidade não é seu pecado favorito. Atualmente pouco sai de casa, abriu uma exceção sábado para esse encontro inesquecível. Ouvimos tantas coisas de bastidores mas não vou contar para vocês, pois Roberto Macedo que é o biografo de Martha, o fará no livro que vai escrever sobre sua vida.


Como o baiano perpetua seus mitos. Basta dizer que na Baixa do Sapateiro tem um viaduto com seu nome. A outra Marta, née Rocha, também em um viaduto em sua homenagem. Uma coisa, esses baianos. Tão diferente dos pernambucanos que não se orgulham de um Capiba, de um Nelson Ferreira, de um Luiz Bandeira, de um José Menezes, de um Duda, para citar apenas estes nomes. E assim triunfal passou a noite, com os olhos se enchendo de beleza e a boca se fartando de gosto bom.


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