Poder Legislativo lança biografia de Martha Vasconcellos

10/04/2015

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postado em 10/04/2015 09:04


O salão da Associação Comercial da Bahia ficou pequeno para a multidão que foi ao lançamento do livro “Martha Vasconcellos – A Rainha da Beleza Universal”, do jornalista Roberto Macêdo, que integra a coleção Gente da Bahia. Foi uma noite de gala, com um pouco do glamour e requinte que marcava os concursos de miss em sua época áurea, os anos 50 e 60 do século passado. Na solenidade houve ainda a renovação formal do convênio que permite a Assembleia a Legislativa publicar livros em regime de coedição com a Associação Comercial, presidida por Marcos de Meirelles Fonseca.


Para o presidente do Legislativo, deputado Marcelo Nilo, homenagear Martha Vasconcellos é um dever dos baianos, pois ela é um patrimônio da Bahia, uma mulher que se notabilizou pela beleza física, mas ultrapassou essa fase e se fez notar por sua beleza espiritual e profissional, se reinventando de uma maneira fantástica. “Uma trajetória tão bela quanto ela própria, uma pessoa do bem, carismática, que levou longe o nome de nossa terra e da nossa gente, pois nascer na Bahia da Chapada Diamantina, do Recôncavo, das praias de areia branca e mares azuis, na Bahia de Jorge Amado, Rui Barbosa, Caymmi, Ivete Sangalo e Martha Vasconcellos é, sem qualquer dúvida, uma dádiva de Deus”, completou.



Antes, ao agradecer o apoio da Assembleia para o seu projeto, Roberto Macêdo disse que a gênese de “Martha Vasconcellos – A Rainha da Beleza Universal” foi uma sugestão da professora Heloísa Gerbasi, conhecedora de sua afinidade com o concursos de miss, que chegou a organizar, e do potencial da história pessoal de Martha, sugeriu que examinasse o tema. Entende o escritor que “mais do que um ícone de beleza, Martha Vasconcellos representa a Bahia que é um país dentro do Brasil, com sua música, culinária, religiosidade, dança, artes plástica, jeito de ser e determinação. Mergulhando fundo na história pessoal da miss universo, revelou que ela abriu seus arquivos sem reservas, confiando cartas, telegramas, documentos e milhares de fotos – daí as quase 700 páginas do livro.


Emocionada com a elevada participação no ato de lançamento, apesar das chuvas torrenciais que tornaram o dia caótico em Salvador (até com a vinda de amigos dos Estados Unidos e de todo o Brasil, inclusive o senador paraense Fernando Ribeiro), ela não conseguiu fazer um pronunciamento. Limitou-se a agradecer a homenagem recebida da Assembleia Legislativa, o apoio, carinho e amor dos familiares, especialmente filhos e netos, instando o presidente Marcelo Nilo a prosseguir com a coleção Gente da Bahia que resgata a memória de pessoas que projetaram a Bahia para o Brasil e o mundo, melhor informando as novas gerações.



Em seu pronunciamento, o deputado Marcelo Nilo traçou um breve perfil dessa coleção voltada para preservar a vida e obra de baianos icônicos, embora nem todos tivesse nascido aqui, como o argentino Carybé que a inaugurou, e revelou que dos 20 livros projetados inicialmente já foram publicados 42 e nove outros estão sendo finalizados. O parlamentar anunciou que no dia 24, data do centenário de nascimento do gravurista Hansen Bahia, a Assembleia lançará, em Cachoeira, em regime de coedição com a Fundação Hansen, um catálogo de suas obras com textos do crítico Claudius Portugal, da jornalista Regina Bochicchio (autora de um perfil biográfico do artista) e da jornalista Symona Gropper.


Lembrou que em sua gestão o Legislativo já publicou 152 volumes (embora oito ainda estejam por ser lançados), multiplicando o programa editorial sistematizado por seu antecessor na presidência da Casa, Antonio Honorato em meados da década de 1990 do século passado. “O que foi idealizado como mera ferramenta de marketing cultural, ao longo do tempo ganhou musculatura (na presidência de Clóvis Ferraz) e se tornou um sólido programa cultural que resgata títulos importantes fora dos catálogos das editoras comerciais, louva a memória de vultos históricos, fomenta a literatura abrindo espaço para autores inéditos e oferece uma gama de informações indisponíveis para os jovens.


Entende o deputado Marcelo Nilo que, além de cumprir com suas obrigações básicas de legislar e fiscalizar os demais poderes, o Legislativo tem o dever preservar a história, sendo esse um compromisso seu, dos seus companheiros de Mesa Diretora e do conjunto dos deputados estaduais – pois o programa editorial é um raro consenso numa casa de iguais, mas onde os iguais são muito diferentes entre si. Ele aproveitou para citar algumas obras trazidas a lume em sua gestão: Tempos Temerários, de Nestor Duarte; Cascalho, do membro da Academia Brasileira de Letras, Herberto Sales; a biografia de Rui Barbosa, escrita pelo também acadêmico, Luis Viana Filho, O Chefe Horácio de Matos, de Américo Chagas, O Estranho Mundo dos Cangaceiros, de Estácio de Lima, entre outros.


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Falou ainda da coleção Gente da Bahia que recuperou a vida e obra de baianos que ajudaram a dar substância à própria baianidade. Homens e mulheres icônicos, com atuação nos mais variados campos da atividade humana, seja na ciência, literatura, cinema, música, artes plásticas, política, medicina ou simplesmente por suas vidas singulares. Baianos como os mestres de capoeira, Pastinha e Bimba; alfaiates como Spninelli; médicos como Juliano Moreira, Elsimar Coutinho e Aristides Maltez; ou ainda cangaceiras como Maria Bonita, artistas plásticos como Floriano Teixeira, Juarez Paraíso e Calasans Neto; jornalistas como Jorge Calmon e Simões Filho; e ainda escritores como Guido Guerra; músicos como o pianista Carlos Lacerda ou os eruditos Walter Smetak e Lindembergue Cardoso; músicos populares como Gordurinha e Riachão.
E também animadores culturais como Clarindo Silva, da Cantina da Lua; o rádio-escuta Gabriel Saraiva, políticos como Chico Pinto, Nélson Carneiro e Nestor Duarte; cartunistas como Lage; economistas como Rômulo Almeida; cineastas como Rex Schindler e Roberto Pires; cientistas como Milton Santos e Edson Carneiro e muito mais: Yumara Rodrigues Henriqueta Catharino, o Guarda Pelé e até à doce louca da rua Chile, a Mulher de Roxo, figura marcante de uma Salvador que já não existe teve o seu perfil biográfico registrado na coleção Gente da Bahia.


Fonte: Ascom/Alba


http://www.deputadomarcelonilo.com.br/noticias/9834/


 

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